sexta-feira, 6 de abril de 2012

Realidade.

Eram 18:30 quando eu e Rita chegamos ao cinema, compramos os ingressos, pipoca e esperávamos na fila para a seção das sete horas quando Rita viu um vestido “lindo”! Na loja do outro lado da rua. Ela queria de qualquer maneira ver o tal vestido, então troquei os ingressos para a seção das nove e fomos até a tal loja, naquele momento eu faria de tudo por ela, iríamos nos casar em breve e queria que ela ficasse o mais feliz possível, agradando-lhe dos mais variados jeitos. Atravessando a rua vimos três meninas sentadas no banco da praça, logo na esquina do cinema, a mais nova aparentava ter uns doze anos, a mais velha quinze no maximo! Saímos da loja já eram quase nove horas, então fomos para o cinema e… As meninas também. Vestidas com vestido de saia entravada como uma bombacha, presa as pernas. Uma delas estava com uma saia –digo mini saia- e um salto com provavelmente 10 centímetros… A outra com uma bota cano longa. Todas com carinha de criança, apenas estavam muito bem pintadas.

As olheiras exageradas, as sobrancelhas aumentadas, os lábios avivados e a base liquida faziam-lhe uma apimentada mascara de vicio. E talvez ela gostasse, porque sorria a casa olhada no espelho.

Ao fim do cinema eu e Rita fomos até a praça e sentamos, foi quando avistei as três meninas saindo do cinema. Esperamos um pouco e depois apareceu um carro preto, bonito com um som alto, bem alto, dentro tinha três jovens aparentando ter dezoito ou dezessete anos, elas entraram e eles foram embora. Nesse momento fiquei indignado, triste e ao mesmo tempo atordoado, não imaginava que crianças, meninas como aquelas poderiam estar vestidas daquele jeito e pior sair com meninos. Crianças que desde o colégio, desde os dez anos se enfeitam, põem pó-de-arroz, batom e namoram, é o mundo não é o mesmo. Aquele que com treze anos ainda se brincava na rua…

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