sexta-feira, 6 de abril de 2012

She & Him

O relógio marcava cinco da manhã, meu quarto estava frio e a coberta quente, meu coração acelerado e meu corpo de alguma forma fora de si. Tinha chegado o dia, levantei com um sorriso sacana no rosto, me aprontei e sem nada para fazer contato, mais esperançosa ficava eu. Esperava o ônibus ansiosamente da mesma forma que aquele dia, enfim ambos chegaram. Sentei-me no ultimo banco do lado esquerdo como sempre, só que naquele dia com um único pensamento na cabeça, minha inquietação era grande, o caminho que fazia todos os dias nunca aparentou ser tão grande e tão demorado. A paisagem estava de alguma forma diferente, como se sorrisse para uma fotografia, enfim a hora chegou sete da manhã talvez seja uma boa hora para começar uma história. E lá de longe eu o vi, e um ultimo pensamento veio em minha mente “não, não vá, é melhor não ir, é certo não ir”, mas o que é certo nesse país? E então eu fui, e ia chegando e o ar me sufocando, as mãos tremulas e o nervosismo me domou, sem conseguir dizer um simples “oi” sorri, você me cumprimentou com beijo e eu gostei, fomos andando e conversando, e uma nova aventura iria começar. As cortinas ficaram fechadas para que não saísse o pouco de nós que lá está. Por alguns instantes esqueci-me do mundo, da hora, do lugar, o que me importava era o quão bom estava à situação e como eu desejava aquilo, meus movimentos desajeitados, suas mãos bem prazerosas, e no fim sua cama ficou pequena pra tanto nós, nada teria sido tão bom quanto deitar de olhos fechados em seu peito. Minha mão, teu cabelo curto, você tocou em cada canto escondido do meu corpo, desvendou minhas cócegas, fez do meu beijo poesia. Eu mergulhava na idéia de ser sua, meu corpo transpirava, e era bom. Sentimento quando é forte demais tem o costume de renascer nas pessoas toda vez que elas se vêem, e posso dizer que é isso mesmo, toda vez que te vejo e te beijo.She & him

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